Filmes sobre música para assistir 2018

Os 20 filmes sobre música que você deveria ter visto em 2018

No balanço de como foi o ano de 2018, o el Cabong destacou 20 filmes que chamaram atenção sendo exibidos nos cinemas, na tv, no Netflix, na internet, ou nos festivais. Ficção ou documentário, eles falam de música de diversas formas, seja destrinchando a vida e obra de algum artista, seja acompanhando algum momento de suas carreiras, ou mergulhando em eventos específicos, tratando de realidades de regiões e de empresas.

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Com linguagens diversas, cinebiografias, documentários, animação e filmes poesia, selecionamos obras que tratam de nomes importantes da música. São artistas do pop mundial, como Queen, Grace Jones, Quincy Jones, Nico e Maria Callas. Mas também obras retratando nomes importantes de nossa música, como Dorival Caymmi, Elza Soares, Planet Hemp, João Gilberto, Black Future, Joelho de Porco, Clementina de Jesus.

Tem ainda filmes sobre um festival libertário em plena ditadura militar brasileira. Outro sobre uma região na África que encara o cotidiano de guerra com música. Uma animação mostrando o encontro entre James Brown e Solomon Burke. Um documentário sobre a retomada do vinil no Brasil, outro sobre a importância dos terreiros de Candomblé na música brasileira. Um sobre a dupla de dançarinas no meio do mundo machista do hip hop. Ainda há um sobre a história da gravadora DeckDisc e outro sobre o submundo do rock em plena Rússia da Guerra Fria.

Bohemian Rhapsody Filme Queen Fred Mercury

BOHEMIAN RHAPSODY

(Bohemian Rhapsody, 2018)
Direção Bryan Singer
Cinebiografia – Estados Unidos
Em se tratando de filmes que tratam de música, esse foi sem dúvida o mais badalado de 2018. Não poderia ser diferente, Bohemian Rhapsody trata de um dos grandes personagens da história do rock, o cantor e compositor Freddie Mercury e sua trajetória como líder da antológica banda Queen. O longa bateu recordes de bilheteria, cravou prêmios no Globo de Ouro e deve ter várias indicações ao Oscar. Em Bohemian Rhapsody , Mercury e seus companheiros de banda, Brian May, Roger Taylor e John Deacon, são mostrados desde a formação da banda durante a década de 1970 até seu fim. O estilo de vida extravagante de Mercury, o sucesso mundial, os shows históricos, os grandes hits, o flerte com a ópera, o desafio de conciliar fama e vida pessoal. Quase tudo é mostrado no filme, teve algumas licenças poéticas para contribuir com a dramatização da história, mesmo com participação dos integrantes da banda na produção do filme. A interpretação de Rami Malek como Mercury é um dos destaques do longa.
Onde assistir: Ainda em exibição nos cinemas
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Documentário Dorival Caymmi Documentário 2018

DÊ LEMBRANÇA A TODOS

(Dê Lembranças a Todos, 2018)
Direção Fábio e Thiago Di Fiore
Documentário – Brasil
Um dos maiores nomes da música brasileira, Dorival Caymmi ganhou um belo documentário que faz um mergulho por sua vida e obra. Autor de pouco mais de 100 canções, o cantor e compositor não foi um compositor prolífico, mas deixou diversas obras primas decisivas para criação do imaginário baiano. Se tornou um dos fundadores do que hoje conhecemos como música brasileira. O filme mostra a trajetória do baiano desde a infância até sua morte aos 94 anos, dando destaque para sua obra e sua capacidade de imprimir um estilo único com letras simples e uma batida de violão que imprimia sua personalidade. Aliás, a personalidade e a obra de Caymmi se cruzam, e o filme também traz foco em suas relações, como a amizade com o escritor Jorge Amado e o artista plástico Carybé. Diversas personalidades, artistas e profissionais que conviveram com Caymmi relembram a a vida, a obra e importância do cantor e compositor com depoimentos, alguns deles marcantes. Entre as participações estão nomes como Gilberto Gil, Milton Nascimento, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Ronaldo Bastos.
Onde assistir: Ainda em exibição nos cinemas
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Quincy Jones 2018 Documentário

QUINCY

(Quincy – 2018)
Direção Alan Hicks e Rashida Jones
Documentário – Estados Unidos
O currículo de Quincy Jones já é uma credencial estupenda. Foram mais de 2.900 músicas gravadas, mais de 300 álbuns, 51 filmes e programas de televisão com mais de mil composições originais, produtor do álbum mais vendido de todos os tempos (‘Thriller’, de Michael Jackson), produtor do single mais vendido de todos os tempos (“We Are The World”, com US$ 63 milhões arrecadados), uma das 18 personalidades que conseguiram ganhar os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony (só de Grammy foram 27, sendo 79 nomeações). Teve tempo ainda para ter sete filhos, seis netos e um bisneto. É este incrível personagem real que é alvo do documentário Quincy, que tem direção da própria filha, Rashida Jones, e de Alan Hiks. O filme se divide em duas narrativas, uma contando a vida do maestro desde sua origem para sobreviver na Chicago pós-depressão em 1933 até os diversos trabalhos que desenvolveu, outra num período recente, em 2016, quando produzia um megaespetáculo para a TV. O filme mostra sua trajetória como músico, compositor, produtor, arranjador, empresário, que trafegou por estilos diversos e trabalhou com grande parte dos grandes nomes da música norte-americana. Mas também sua vida pessoal, a relação com as mulheres e os filhos, os problemas de saúde e a rotina e as lembranças em seus mais de 80 anos de vida.
Onde assistir: Netflix
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Documentário Saquarema Festival

SOM, SOL & SURF – SAQUAREMA

(Som, sol & surf – Saquarema – 2018)
Direção Helio Pitanga
Documentário – Brasil
Em plena Ditadura Militar e enfrentando a repressão da época, a cidade litorânea de Saquarema (RJ) viveu seus dias de Woodstock. Em 1976, no mesmo fim de semana que era realizado um campeonato de surf na região, acontecia um libertário festival de música organizado por Nelson Motta que tinha entre as atrações nomes como Raul Seixas, Rita Lee, Angela Ro Ro, e as bandas Bixo da Seda e Made in Brasil. Som, sol & surf traz Raul em sua fase áurea, cantando as músicas “Sessão das 10” e “Sociedade Alternativa”, enquanto Rita dava início a consolidação de sua carreira solo e Angela Ro Ro aparece cantando “My Girl” (sucesso do The Temptations). O filme sintetiza o espírito do festival, com os estados de percepção alterados do público em meio a uma precária infra-estrutura e a lama provocada pelas fortes chuvas que caíram no primeiro dia do evento. O documentário conta tudo isso através de imagens raras feitas em 16mm na época e restauradas recentemente, alternadas com depoimentos de artistas, produtores e espectadores que estiveram no evento.
Onde assistir:
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Nico Velvet Underground Filme 2018

NICO, 1988

(Nico, 1988, 2018)
Direção Susanna Nicchiarelli
Cinebiografia – Bélgica, Itália
Nico foi um ícone da música pop nos anos 60, integrando a melhor fase do Velvet Underground e servindo de musa para o multi-artista Andy Warhol. Passados vinte anos, Christa Päffgen, nome real da cantora, tenta embalar sua carreira solo enfrentando o vício em drogas, a complicada relação com o filho e a depressão. Vencedor da Mostra Orizzonti (Horizontes) do Festival de Veneza, ‘Nico, 1988’ é uma cinebiografia musical que retrata uma artista esquecida em sua última fase da vida e na derradeira turnê solo. A atriz dinamarquesa Trine Dyrholm, que interpreta Nico, é um dos destaques desse filme que passou batido pelos cinemas.
Onde assistir: já foi exibido nos cinemas
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João Gilberto 2018 Filme

ONDE ESTÁ VOCÊ, JOÃO GILBERTO?

(Where are you, João Gilberto?, (2018)
Direção Georges Gachot
Documentário – Alemanha, França, Suíça
Em 2011, o escritor alemão Marc Fischer lançou o livro “HO-BA-LA-LÁ – À Procura de João Gilberto”, que, como o título sinaliza, conta a busca do autor pelo cantor baiano por terras brasileiras. Inspirado no livro, o cineasta franco-suíço Georges Gachot, também apaixonado por João Gilberto e com três filmes sobre a música brasileira no currículo, resolveu seguir a narrativa e os passos do escritor alemão, investigando por onde andava seu ídolo. Na busca encontrou histórias, centenas de fotos, anotações, registros e gravações de Fischer. Assim como o alemão, Gachot conversou com amigos e parceiros de João, entre eles João Donato, Miucha, Marcos Valle, Roberto Menescal e Garrincha (cozinheiro que preparava e mandava entregar o prato favorito de João). O resultado é um documentário delicioso que homenageia todos aqueles amantes de música.
Onde assistir:
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VERÃO

(Leto, 2018)
Direção Kirill Serebrennikov
Rússia – Cinebiografia
O retrato de um cantor e uma banda de rock na Rússia comunista dos anos 80 e os conflitos políticos, estéticos, filosóficos e sentimentais enfrentados no período. É disso que trata “Verão”, uma cinebiografia sobre dois cantores de rock russo, Viktor Tsoi da banda Kino e Mike Naumenko de Zoopark. A relação deles e a tensão amorosa com Natasha servem de pano de fundo para mergulhar na cena rock russa em pleno período da Guerra Fria. Filmado com clima retrô em preto e branco, pontuado por elementos coloridos, imagens surreais e inserções de letras de música na telas, conta a história da chegada e da recepção ao rock underground na cidade de Leningrado, hoje São Petesburgo, no início da década 1980.
Onde assistir:
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VINIL, POERIA E GROOVE

(Vinil, Poeira e Groove, 2018)
Direção Diego Casanova
Documentário – Brasil
Empresários, artistas, lojistas e fãs contam histórias e falam sobre o ressurgimento dos discos de vinil. Depois de ser considerado morto nos anos 90 com o surgimento dos CDs, assistir o crescimento do MP3 e agora a hegemonia do streaming, o vinil encontrou um filão e voltou a ter importância e um forte mercado paralelo. Três décadas após ter seu fim decretado, os LPs voltaram a movimentar uma economia poderosa, com novas fábricas, selos, lojas, colecionadores, DJs e caçadores de raridades. É desse universo que trata o filme, realizando um verdadeiro mapeamento da atual cena desses discos no Brasil.
Onde assistir:
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Grace Jones Documentário

GRACE JONES: BLOODLIGHT AND BAMI

(Grace Jones: Bloodlight and Bami, 2017)
Direção Sophie Fiennes
Documentário – Irlanda / Reino Unido
Ainda sem data de estreia no Brasil, esse documentário se aprofunda na vida de uma das artistas mais interessantes de nosso tempo, Grace Jones. O documentário, filmado ao longo de uma década, procura desvendar os diversos personagens criados por trás desse ícone New Wave dentro e fora dos palcos. Utilizando uma linguagem não convencional, descartando os depoimentos formais e oferecendo um visual refinado, o filme conta a história da cantora, atriz e modelo jamaicana, revelando de forma inédita o universo provado da artista. O retrato inclui trechos com uma família na Jamaica, em seu estúdio em Paris, com seu criador e amante, Jean-Paul Goude.
Onde assistir:

EU SOU O RIO
(Eu Sou o Rio, 2017)
Direção Anne Santos e Gabraz Sanna
Documentário – Brasil
O rock brasileiro viveu seu boom nos anos 80, com diversas bandas alcançando sucesso popular. Em paralelo a elas, um outro cenário do rock nacional, com diversas outras bandas, tiveram carreiras mais obscuras e longe dos holofotes, assim mesmo deixaram obras interessantes e relevantes. É o caso da Black Future, que tinha na linha de frente Tantão, músico e artista plástico icônico do underground carioca. “Eu sou o Rio” coloca o foco nas lembranças pessoais e no impacto do Black Future na vida de Tantão. “Eu Sou o Rio” é também o nome do álbum seminal do Black Future, lançado pela BMG/ Plug em 1988 e com participação de Edgard Scandurra, Paulo Miklos, Edu K, Alex Antunes e Thomas Pappon. Apesar de muito elogiado pela crítica, o disco, que mesclava pós-punk, experimentalismo, industrial, mas também samba e hip hop, não fez sucesso. Acabou sendo o único registro da banda, que acabou dois anos depois do lançamento. Tantão seguiu adiante, com uma carreira de músico experimental, performer e artista plástico, se tornando uma espécie de anti-herói carioca. Ele lançou seu primeiro disco quase 30 anos depois, “Espectro” (2017), que mantém a poesia e o canto particular do artista. O documentário acompanha o artista durante um fim de semana, mostrando uma rotina criativa e auto-destrutiva, com drogas, álcool, confusões com sua ex-banda. O resultado é um retrato desconfortável e melancólico de um daqueles artistas que não se tornaram estrelas da música pop.
Onde Assistir:

MAKE IT SOUL

(Make it soul, 2018)
Direção Jean-Charles Mbotti Malolo
Animação – França
Um curta de animação feito com traços de hidrocor que vai até a Chicago de 1965 para mostrar o histórico encontro de dois monstros da soul music: James Brown e Solomon Burke. Eles sabem da importância do momento e estão dispostos a compartilhar o mesmo palco, mas há uma tensão nos bastidores para que tudo dê certo no encontro de duas lendas. Quem sairá com a coroa?
Onde assistir: Já vem sendo exibido em festivais
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Planet Hemp Fime 2018

LEGALIZE JÁ!

(Legalize já!, 2018)
Direção Johnny Araújo e Gustavo Bonafé
Cinebiografia – Brasil
Uma banda bem sucedida, carregada de hits e com históricos de polêmicas na carreira. Prato cheio para um filme com bastante apelo. “Legalize já!” poderia apostar nesses elementos, mas prefere investir no início da formação do Planet Hemp e na amizade entre seus dois fundadores. O filme reconstitui a criação da banda carioca de hip-hop, focando em Skunk e Marcelo D2, o primeiro um jovem músico revoltado com os preconceitos e problemas sociais, o segundo um vendedor de camisas de bandas de heavy metal. Juntos eles formaram uma das principais bandas dos anos 90. O filme, no entanto, opta por se ater apenas a gênese do grupo, desde o encontro dos dois, o fortalecimento da amizade, a sintonia musical, até as dificuldades em viver num ambiente hostil encarando uma sociedade opressora. A narrativa se encerra antes do sucesso do grupo. É a relação entre os dois e com a música que move o filme.
Onde assistir: Já exibido nos cinemas
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NO RITMO DO ANTONOV

(Beats of the Antonov, 2014)
Direção Hajooj Kuka
Documentário – África do Sul/ Sudão
Ao mesmo tempo que continuam cuidando da terra, dos animais e mantendo sua cultura tradicional, o povo das regiões do Nilo Azul e dos Montes Nuba, no Sudão, formado basicamente de agricultores e pastores, convive com os bombardeios do governo e da guerra civil. O documentário faz um impressionante registro desse cotidiano, com a música tradicional, feita com instrumentos feitos de materiais reciclados, servindo como ferramenta de resistência e cura para a comunidade ferida pela guerra e seus refugiados. Apesar de ser de 2014, o filme só chegou ao Brasil no ano passado. A estreia mundial foi no TIFF – Toronto internacional Film Festival, quando ganhou o prêmio de melhor documentário no júri popular.
Onde assistir: Integrou a Mostra de Cinemas Africanos e não há previsão de exibição no Brasil
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ORIN: MÚSICA PARA OS ORIXÁS

(Orin: Música para os Orixás, 2018)
Direção Henrique Duarte
Documentário – Brasil
Os terreiros de Candomblé sempre sofreram preconceito no Brasil, assim mesmo foram cruciais para a formação musical do país e influência para diversos gêneros musicais, dando origem ao samba, baião, e até mesmo o funk carioca. Ao longo do tempo, os cânticos, as batidas dos atabaques, as claves dos terreiros deram origem a muito do que ficou conhecido como Música Popular Brasileira. Este documentário baiano mostra tudo isso e como funciona a resistência musical e espiritualista dos Orixás. Através de imagens captadas em festas dedicadas aos Orixás, performances de dança, apresentações ao vivo e depoimentos de sociólogos, artistas, pais de santo, etnomusicólogos, alabês entendemos melhor o universo dos terreiros e em especial as cantigas sagradas chamadas de Orin na linguagem iorubá.
Onde assistir: Está sendo exibido em festivais
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MARIA BY CALLAS

(Maria by Callas, 2018)
Direção Tom Volf
Documentário – França
Pela primeira vez um filme aborda a história de Maria Callas, reconhecida internacionalmente como a melhor cantora de ópera de todos os tempos. A lendária cantora nasceu em Nova York e era filha de imigrantes gregos. Desde cedo foi incentivada pela mãe a desenvolver seus dotes artísticos. Foram quatro anos de pesquisas meticulosas feitas pelo diretor Vof, que através de entrevistas em emissoras de TV, performances, imagens raras de arquivo, depoimentos, filmagens pessoais e cartas íntimas, a maioria inédita ao público, conseguiu reconstituir a vida e a carreira da artista. Os depoimentos de dezenas de amigos e associados mais próximos à artista, e as próprias falas e material da artista acabam por revelar a intimidade de Callas, e também da Maria por trás da artista, com sua personalidade ardente e vulnerável. O filme acaba revelando a essência de uma mulher fabulosa que saiu das origens humildes para virar uma superstar internacional e um dos maiores artistas de todos os tempos. Uma lenda.
Onde assistir: Ainda em exibição nos cinemas
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Elza Soares Filme 2018

MY NAME IS NOW, ELZA SOARES

(My Name Is Now, Elza Soares, 2018)
Argumento, Direção e Produção Elizabete Martins Campos
Documentário – Brasil
Um filme que foge do padrão de filmes sobre música. Não é uma cinebiografia e foge dos documentários padrões. Aqui, a diretora buscou uma narrativa poética e conceitual para colocar Elza Soares diante do espelho, recitando versos ou cantando. Assim ela relembra sua vida e sua trajetória como artista, expondo quem é e o que vive. Uma saga que perpassa um ícone da música brasileira, que se abre cara a cara com o telespectador, mostra sua força e fragilidade, compartilha sua dores, intimidades, talento e seu passado. Uma força da natureza que depois de décadas continua ousada.
Onde assistir: Já entrou no circuito comercial de cinema
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Clementina de Jesus Filme 2018

CLEMENTINA

(Clementina, 2018)
Direção e roteiro Ana Rieper
Documentário – Brasil
Documentário sobre a cantora Clementina de Jesus, descoberta aos 62 anos e um ícone da música afrobrasileira. Produzido para o canal Curta! e com direção de Ana Rieper, responsável por filmes como “Vou Rifar Meu Coração” (2011) e “Cinco Vezes Chico: O Velho e sua Gente” (2015), a obra passa rapidamente pela infância e vida pessoal da cantora para focar no principal, sua carreira. Sem apelar para uma narrativa centrada em depoimentos e sequências de informações, Rieper contextualiza a origem social e geográfica de Clementina, mostrando a trajetória de forma individual, mas também a tradição oral que foi fundamental para a construção de seu repertório. Neta de escravos, Clementina aprendeu canções com a avó, que gostava de cantar lavando roupa. Com isso, o documentário acaba abordando a população e a cultura negra no Brasil, mostrando como a artista religou o Brasil à África, trazendo à tona urimas, jongos, sambas e partidos altos. O filme combina entrevistas e imagens de arquivo, muitas delas raras, como as de Clementina em casa, cozinhando.
Onde assistir: foi exibido em festivais e está no canal Curta!

MARTHA & NIKI

(Martha & Niki, 2016)
Direção Tora Mkandawire Mårtens
Documentário – Suécia
As suecas Martha Nabwire e Niki Tsappos entraram para história ao se tornarem as primeiras mulheres campeãs mundiais de Hip Hop. O documentário acompanha elas em sua participação no maior concurso internacional de dança de rua, o “Juste Debout”, em Paris. Através dessa história, o documentário acompanha a jornada das duas pelo universo do hip hop, amplamente dominado por homens. O filme narra essa incrível e emocionante história de determinação pessoal, amizade e força artística.
Onde assistir: Integrou a Mostra de Cinemas Africanos e não há previsão de exibição no Brasil
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Joelho de Porco Documentário

MEU TIO E O JOELHO DE PORCO

(Meu Tio e O Joelho de Porco, 2018)
Direção, Roteiro, Produção de Rafael Terpins
Documentário – Brasil
Misturando animação, relatos e material de arquivo, embalados pela música de André Abujamra, o documentário apresenta a trajetória de Tico Terpins, baixista e líder da banda Joelho de Porco, importante banda de rock entre os anos 1970 e 1980 no Brasil. A história é narrada a partir da visão de um garoto que tem contato com o fantasma do tio depois que acha o diário do pai recém-falecido. O menino é levado para o universo do punk paulistano e ele passa a entender como o cenário atual foi influenciado pela irreverente banda Joelho de porco, da qual seu tio e seus amigos faziam parte. Tico foi pioneiro, lançando canções que satirizavam a política nacional, além de ser uma das primeiras bandas a se lançar de forma independente no cenário musical.
Onde assistir:
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TUDO PELA MÚSICA

(Tudo pela Música, 2018)
Direção Daniel Ferro
Documentário – Brasil
Os 20 anos da gravadora Deck é comemorada com um documentário que conta sua história ao mesmo tempo que aborda o cenário e as mudanças que ocorreram no mercado da música independente brasileiro nessas últimas duas décadas. Para isso, o diretor ouviu personagens como jornalistas, publicitários, radialistas e produtores musicais que narram a evolução da indústria fonográfica independente. Entre os ouvidos estão André Midani, Nelson Motta, Washington Olivetto e Roberto Menescal, além de artistas que já passaram ou estão na gravadora, como Pitty, Teresa Cristina, João Donato e Elza Soares.
Onde assistir: Já estreou nos cinemas em algumas cidades
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Para quem gosta de música sem preconceitos.

O el Cabong tem foco na produção musical da Bahia e do Brasil e um olhar para o mundo, com matérias, entrevistas, notícias, videoclipes, cobertura de shows e festivais.

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