Desprezados ganham tributos


Uma das formas mais bacanas de homenagear ídolos é através dos tributos. Em tempos de queda nas vendas de CD, parece que é uma boa opção, já que trazem normalmente nomes mais novos tocando nomes já consagrados. Claro que nem sempre dá certo e às vezes é até uma ofensa ao homenageado. No Brasil, interessantes tributos acabam de ser lançados, como dois que prestam homenagens inusitadas para os desavisados. O primeiro é “Eu Não Sou Cachorro, Mesmo”, que traz bandas o circuito independente brasileiro reinventando clássicos da chamada música brega dos anos 70. Pode-se ouvir desde o grupo português Clã e Frank Jorge tocando Waldick Soriano, passando por Érika Martins, Pato Fu, Clube do Balanço, Silvério Pessoa, até Fino Coletivo recriando”Eu Te Amo meu Brasil”, de Dom e Ravel, Rádio de Outono tocando José Augusto e uma divertida versão do Móveis Coloniais de Acaju para “Sorria Sorria”. O CD foi lançado pelo selo goiano Allegro Discos, que já havia lançado um tributo a Odair José. Outro interessante é o que traz do fundo do baú o melhor da obra de Ronnie Von. “Tudo de novo, Tributo ao Ronnie Von” também traz bandas do cenário independente regravando a fase mais psicodélica daquele que era chamado de Príncipe na Jovem Guarda. O CD duplo, disponível na internet (www.ronnievon.com), reúne 30 bandas, incluindo entre outras Detetives, Profiterolis, Telerama, Skywalkers e Ecos Falsos. Um outro tributo que está para ser lançado é o que homenageia a banda Fellini. O disco reúne nomes como Flu, Stela Campos, Os The Darma Lovers, Biônica, entre outros.

Novas homenagens lá fora
Lá fora tributos são ainda mais comuns. Acaba de ser lançado, por exemplo, um tributo ao Smashing Pumpkins. No projeto, feito em parceria entre o site My Space e a revista Spin, cada banda vai lançar em sua própria página no site uma cover da banda de Billy Corgan. Também será lançado um CD reunindo as músicas e entrevistas com as bandas. Entre os participantes estão The Bravery, Deftones, Ben Kweller e Panic! At the Disco, que gravou “Tonight, Tonight”. Entre os que estão para sair, destaque para “Dig for Fire”, mais um tributo reunindo músicas do Pixies. No disco que sai em novembro, bandas como Mogwai, J Mascis (Dinosaur Jr), British Sea Power, They Might Be Giants e Ok Go criam suas versões para clássicos do grupo americano. Outro que não é inédito é que traz novas versões para “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, clássico álbum dos Beatles. Este novo celebra os 40 anos do disco, com artistas como James Morrison, The Fratellis, Travis e Kaiser Chiefs, entre outros, gravando para a rádio BBC de Londres. John Lennon também vai ganhar um tributo. O disco, feito para uma campanha da Anistia Internacional, será lançado em junho reunindo Green Day, R.E.M., Snow Patrol, Corrine Bailey Rae, Maroon 5, The Black Eyed Peas, Jack Johnson, The Cure, Ozzy Osbourne, além do U2 tocando “Instant Karma”. Isso sem falar de um tributo ao The Kinks que saiu sem muito alarde há alguns meses reunindo bandas como Queens of the Stone Age e a curitibana Mordida, única da América Latina.

Mutantes
Entre idas e vindas em negociações, ainda não está confirmada a vinda dos Mutantes a Salvador. A apresentação, no entanto, deve acontecer e possivelmente ainda neste ano. Enquanto isso, a banda prepara músicas inéditas, com Sérgio Dias tomando a frente nas composições, inclusive com parcerias com Tom Zé. A banda prepara também nova turnê pelo exterior. Acaba de ser lançado um livro contando histórias da banda desde o final da formação clássica até o retorno aos palcos no ano passado. “A Volta dos Mutantes” é de autoria da escritora e historiadora Paula Chagas e reúne 52 crônicas com histórias dos integrantes da banda.

The Honkers
Depois dos shows por São Paulo, a banda baiana continua o lançamento do CD com show no Nordeste. A banda fechou participação, ao lado do Cascadura, nos festivais Do Sol, em Natal, e Aumenta que é Rock, em João Pessoa. A pequena turnê em agosto inclui ainda show em Recife. Antes a banda participa da festa Derrota Fantasy, em Aracaju.

  1. vc tem fixação no mutantes hein? mais acho que por seu gosto de misturas acho que se voce vivesse no tempo dos mutantes não ia gostar deles não. os mutantes eram roqueros radicais demais.

  2. Menos, Ted, menos

    Sergio, não é fixação, é uma banda fundamental que não passou por aqui ainda, acho quee é obrigação ter ese show. e eles não eram roqueiros radicais não, tanto que gravaram com gilberto gil, caetano veloso… e eu não vivo naquele tempo, vivo nesse atual, e gosto de música boa, não sou roqueiro radical

  3. mas caetano e gil naquela época, antes de ir pra londres, eram roqueiros radicais e o pessoal da mpb pegava no pé deles por isso. e mutantes era roqueiro radical sim e os críticos criticavam eles por isso. procure pesquisar que voce vai ver. ah, no google não tem isso não tá?

  4. luciano, mas quer vc queira ou não, o maior nome do projeto é o oasis. qual artista dos que vc citou foi mais bem sucedido e é mais importante que o oasis na inglaterra? nenhum!

  5. Olha sergio, eu nao vou me alongar nao, qualquer livro de MPB não diz isso, Gil chegou a ir na passeata contra a guitarra elétrica. Claro, ele e Caetano se encantaram com o rock, mas que eles eram roqueiro radicais é diertido de ler.
    Tudo bem, Ted, fica seu registro entao, que o Oasis vai participar do tributo hehehe

  6. “rockeiro radical” é boa.
    Olha só. Luciano ta certíssimo. Mutantes é uma banda fundamental, pela sua música e, claro, pelo seu radicalismo também. Se os críticos criticavam eles por isso, que diferença isso faz? O que se pode esperar de críticos quando se pretende ousar? Ainda bem que eles foram radicais demais, Sergio. Aliás, eles ainda são. Tu viste alguma apresentação deles agora que voltaram? Recomendo.

  7. Os Mutantes eram roqueiros, no sentido de que os três, Rita, Arnaldo e Sérgio, adoravam rock ´n´ roll desde a adolescência. E esse elemento foi o pilar de toda a carreira deles. A incorporação irônica/sarcástica de outros elementos ocorria de forma abundante pelo caráter experimentalista dos três. As vezes homenageando ( tom zé, jorge ben), as vezes sacaneando de verdade ( chão de estrelas ), mas sempre com uma aura rocker/ beatle/hendrix/stones/psicodélico/etztecetc…neste sentido, eles eram radicais roqueiros anárquicos.

  8. ah, e fixação pelos mutantes eu tb tenho, não vejo a hora de presenciar esse show, mesmo sem rita, o que já fode um pouquinho o baba, mas… quem não tem Rita caça com zélia, né ( que meeerda )!

  9. é o hype, eduardo, é o hype. mutantes é do caralho mas virou hype e qualquer coisa q vira hype fica maravilhoso de qualquer maneira. não duvide, se bel do chicrete cair no hype todos os hypeiros vão adorar

  10. Já eu discordo do Lucas, nem todo hype do mundo salva Bel.
    E Zélia Zuncan manda muitooooooooo bem nos Mutantes, quem viu, sabe.

  11. Cara, acho q é melhor parar de anunciar esse show dos Mutantes… antes era “esse mês”, depois “esse semestre”, agora “esse ano”… do jeito q a coisa vai…

  12. Não é. O Mutantes não está tão em evidência assim. Hype é Cansei de Ser Sexy. E eu, geralmente, não gosto dessas bandas do momento, como Cansei de Ser Sexy. Achei bom, independente de ser hype ou não. Na verdade, ser hype ou não, nao tem importância quando eu gosto ou não gosto de uma banda.

  13. concordo com lucas tb. com certeza se um dia, mesmo contra a vontade dos descoladinhos do rock indie, se um cara do hype falar bem de bel, os hypeiros mudam de opinião rapidinho e bel vira o rei.
    cansei de ser sexy é hype, mas o momento atual dos moutantes tb tá muito hype, meu caro. mesmo o mutantes serem uma EXCELENTE banda. bem, foram uma grande banda entre 1967 e 1973. depois eles viraram emo prog ou melhor, emo indie prog e lançaram discos muito horríveis.

  14. No Conexão Rock desta sexta na 88 FM as 10 da noite :

    Manic Street Preachers – do novíssimo Send Away The Tigers
    Big Star
    Aliens – do Astronomy for Dogs
    Rickie Lee Jones
    Waterboys – do recente Book Of Lightning
    Shins
    Monster Magnet
    Mastodon
    TV Personalities
    Vibrators
    Dream Syndicate

  15. matanza é hype mas não funcionou direito porque o jimi é muito tosco. mutantes virou um puta hype e se gilmelândia entrasse no lugar de zelia duncan os hypeiros iam achar super tb. os hypeiros sempre comem mosca. de cocô

  16. claro q zélia duncan é muito diferente de gilmelândia mas qualquer cantora que entrasse nos mutantes no hype q eles estão agora ia ser uma maravilha. até nara costa. e é mesmo: os hypeiros sempre comem mosca de cocô lambuzando a boca e achando tudo uma dilícia. ái dilícia, ái ái dilícia

  17. Eu só acho engraçado que é obviamente a mesma pessoa o tempo todo que escreve esse monte de baboseira, mas nunca tem coragem de assinar, de assumir o que fala. POR QUE SERÁ, HEIN? Mistéééério….

  18. man, no fim das contas ( ou desses tempos, sabe lá )assim como a definição de indie, que hoje parece ser qualquer coisa, hype parece estar virando qualquer coisa que esteja na mídia. É tudo, consequentemente, ta virando nada, ou qualquer coisa, ou coisa nenhuma. Vai depender sempre do ponto de vista. Ou do próximo hype. Ou de quem fale sobre ele. Resumindo, absoluta perda de tempo e energia.

  19. Exatamente isso, Cebola.
    Importa se presta ou não. Pra mim é assim, se é moda, se é velho, se é novo, se é só com gays, se é da ilhas fuji, não importa, basta soar bem aos ouvidos.

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